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O BEBÊ DE BRIDGET JONES (Bridget Jones´ Baby)


A solteirona mais famosa mudou de status

Dos clássicos que marcaram uma geração, o tão esperado por uma década O Bebê de Bridget Jones chega às telas essa semana arrancando risadas garantidas.


Dirigido por Sharon Maguire (Não Sou Louca, 2013) Bridget (Renée Zellweger) finalmente deixa a negatividade de lado, torna-se uma produtora de TV de sucesso, amadurece e decide se tornar mãe. Há, contudo um problema mais delicado do que ser mãe solteira aos 40 anos: não saber a identidade do pai.


O Bebê de Bridget Jones trás mudanças positivas e qualitativas na trama. Agora mais velha e segura de personalidade, não há mais erro atrás de erro no quesito relacionamento, quando estava sempre às voltas do tórrido triangulo amoroso entre Mark Darcy (Colin Firth) e Daniel (Hugh Grant) que não está nessa versão. O galã da vez a disputar o coração e atenção de nossa protagonista é o bilionário americano Jack (Patrick Dempsey).

O filme carrega um humor leve e garante que - mesmo após tantos anos desde a última sequência - ainda é possível alcançar o público, seja os fãs ou outros perfis. O diário atual é um tablet e não mais o diário de papel tradicional, isso aliado aos diálogos em meio ao local de trabalho de Bridget atualizam as mudanças de pensamento atuais, principalmente ao contrastar com a família tradicional Inglesa, repleta de padrões.

Há um distanciamento carregado de ironias ao colocar uma mulher de 40 anos - agora magra - e em trajes joviais em meio a um festival de música eletrônica típico para adolescentes e jovens de bem menos idade. Aliás, nessa sequência Reneé trás junto ao seu talento nato uma carga maior de veracidade ao personagem ao assumir suas reais rugas, que apesar de notáveis não tira a beleza sempre existente.


Como imaginado, o final não foge dos clichês de comédia romântica, afinal tudo é como um conto de fadas onde vemos a disputa pela atenção feminina entre dois galãs. Mas mesmo com esses clichês exagerados, o longa cativa cada vez mais. Há sentimentos e um passado entre os personagens no filme que passam sem sentido ao espectador que não conhece os filmes anteriores. Por outro lado, os novos personagens criam um universo acolhedor e rico à trama como a participação de Emma Thompson (Pegando Fogo, 2015) como a obstetra que acentua as piadas e sarcasmos bem pontuados.


O Bebê de Bridget Jones é, acima de tudo, uma validação contra o feminismo exacerbado que assume diversas questões de posicionamento feminino como independência, maternidade e sexualidade sem virar um discurso moralista.

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