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SATÂNICO (Satanic)


Bomba pra que te explodo!

É curiosa a forma como certos diretores parecem retratar o sobrenatural. Falar sobre o monstro sempre é mais criativo e interessante do que mostrá-lo, e em Satânico vemos o contrário: uma colcha de retalhos de fórmulas batidas que beiram o experimentalismo daqueles amadores recém saídos de um quarto de garagem, empolgados com o primeiro curta-metragem trash.


Dirigido pelo desconhecido Jeffrey G. Hunt (diretor de projetos medíocres para TV), este trabalho erra em todas as suas tentativas de criar suspense, não há silêncio e nem pausas de uma cena a outra, o que se vê mesmo são saltos quânticos que na maior parte das vezes lembram filmes de ação.


O roteiro de Anthony Jaswinsk (Águas Rasas, 2016) conta a história de quatro jovens ”descolados” e curiosos (o típico americano descartável e ignorante), simpatizantes de histórias satânicas, que acabam vivendo a realidade da ficção cinematográfica da cidade dos sonhos, Los Angeles, ao inspecionar lugares abandonados e misteriosos, nada mais oitentista.

Nem mesmo a participação do diretor de fotografia Mike Karasick (da interessante série The Vampire Diaries) consegue criar paletas e enquadramentos sombrios, o que gera um grande clarão sem densidade de cores, gerando cansaço visual na plateia, muito em virtude do ritmo esquizofrênico da narrativa e da precariedade de conflitos inverossímeis no desenvolvimento (ou falta deles) das personagens.

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