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UMA FAMÍLIA FELIZ (Happy Family)


Pipoca para a família toda

As animações têm o poder mágico de lidar com a imaginação humana em sua construção para além dos limites conhecidos até o momento em que aparecem. Há - ao longo da história cinematográfica - aquelas que quebram barreiras e estabelecem novos paradigmas. É sempre interessante estar diante de algo novo e provocador.


Nos últimos anos criaram-se algumas franquias que são exploradas em seu máximo tanto nas telas quanto em termos mercadológicos com produtos das mais variadas vertentes. Nem sempre em seu conteúdo são interessantes, mas caem de alguma maneira no gosto do público ou de seus bolsos.


O diretor Holger Tappe (Animais Unidos Jamais Serão Vencidos, 2010) carrega em sua filmografia outras seis realizações do gênero além da nova Uma Família Feliz. A produção conta a história de Emma Wishbone, que tenta de várias maneiras salvar a relação com sua família: dois filhos - um menino e uma menina - e seu marido. Cada um vive sua rotina e o diálogo entre eles já não é o mesmo de antes. Para sair dos problemas que perpassam em cada um, ela planeja uma noite de diversão, uma festa à fantasia, mas essa tentativa é sabotada perante os objetivos de outro ser, o Conde Drácula.

Movimentar a família para sair da configuração em que se encontra pode ser um tema interessante, mas arriscado também e fácil de cair em um lugar comum e se desenvolver de maneira fraca. É o que acontece nesta dramaturgia. Começa de uma maneira instigante, mas perde sua potência ao longo do tempo e tudo fica previsível e sem aquela viagem tão rica e sem sentido que grandes histórias já apresentaram.


Não arrebata, apresenta a sensação de "mais do mesmo". Inclusive, na configuração da personagem de Drácula, o vilão, com seus três ajudantes morceguinhos atrapalhados que fazem a parte cômica.


Diversão garantida? Claro, muitas crianças e adultos gostarão, mas dentro de um padrão já existente. Fica o gosto de que poderia ser diferente. Trazer o universo das bruxas, vampiros, múmias, Frankenstein e lobisomens continua a ser algo interessante para as pessoas, mas os enredos devem trazer a potência do fascínio que essas personagens provocam, algo que acontece com mais raridade ao lidar com esse universo.


 
 
 

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