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ANNABELLE 2: A CRIAÇÃO DO MAL (Annabelle: Creation)


Plasticidade do susto

O gênero terror, com todos os seus subgêneros, traz de tempos em tempos alguma novidade que balance o medo nas pessoas e contenha uma boa história. Principalmente as produções que chegam às telas do cinema.


Parece que o terror não se enquadra para ter um grande orçamento, pois a necessidade de angariar público coloca travas nas possibilidades de se explorar a mente humana seja no desconhecido ou em seus limites.


Anabelle 2 é a continuação sobre a magnética boneca das trevas. Nesta parte conta-se sua origem, da feitura até o que aconteceu para que se tenha a ligação com o primeiro filme. A narrativa se constrói na locação de um orfanato - em uma casa no interior estadunidense - e com algumas meninas.


Das duas partes até o momento, pois já é previsível a continuação, a nova se destaca um pouco mais. Geralmente ao contar as origens nessas produções sobrenaturais, os acertos são maiores. A empatia do público já vem conquistada pela metade em sua curiosidade.

Mesmo assim, não traz uma novidade que envolva mais o público neste universo. Outros filmes de bonecos parecem ser mais ousados e inovadores na temática. Desde o primeiro filme, Anabelle já se colocou como desinteressante e chega a ter - em alguns momentos - uma atmosfera cômica. Bem produzido, com a típica roupagem norte-americana.


Tensão e sustos certamente acontecem. O filme cria bons momentos de apreensão juntamente com a trilha-sonora - elemento fundamental de todo bom terror - não que o silêncio não seja importante. São linguagens, e quando a trilha coopera, a imagem gera adrenalina.


As atuações também estão fortes e interessantes, pois na maior parte acompanhamos as crianças, e o nervosismo pelo ponto de vista delas traz mais inquietação e menos clichês. Atores mirins têm sido um trunfo na cinematografia, porque entram nas histórias sem tantos estereótipos e trejeitos, estão mais abertos a serem nas circunstâncias propostas.


O universo de Annabelle e Invocação do Mal (James Wan, 2013) estão em diálogo, assim como outras franquias estão amarrando suas dramaturgias. Tentativa e erro. Se a intenção é que continuem, os próximos podem ser um acerto. O terror agradece.


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