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SUBURBICON - Bem-vindos ao paraíso (Suburbicon)


George Clooney cada vez melhor

O ator/galã e diretor George Clooney chega às telonas com novo trabalho sob sua direção: Suburbicon - Bem-vindos ao paraíso. O roteiro - que havia sido escrito e engavetado por Ethan e Joel Coen (Ponte dos Espiões, 2015) - foi resgatado por Clooney e reescrito, junto com seu parceiro Grant Heslov (Tudo pelo Poder, 2011).


Na trama, Gardner Lodge (Matt Damon) vai morar no condomínio fechado que dá nome ao filme. A intensão é que este seja visto como o local perfeito, onde todos são educados e gentis, todas as casas são bonitas e não existam problemas. Isso no final da década de 1950. Entretanto, toda essa felicidade começa a se abalar quando o protagonista tem sua casa invadida por dois criminosos, que causam um assassinato, desestruturando a família, formada por sua mulher e cunhada (ambas interpretadas por Julianne Moore), e seu filho Nicky (Noah Jupe). Paralelamente, a chegada da primeira família negra ao condomínio torna-se o estopim para revelar quem realmente são aquelas pessoas.

Suburbicon - bem-vindos ao paraíso tem todo o estilo característico dos irmãos Coen, humor negro, forte presença do acaso e personagens bons que se dão mal. Como também é do estilo da dupla, as coisas começam bem mas vão piorando cada vez mais, até chegarmos ao ponto de nos questionarmos onde é que a história vai parar. Apesar do roteiro ir pouco a pouco dando pistas sobre o que teria motivado determinadas situações, estas são de tamanha covardia e violência que conseguem colocar o público a favor da vítima logo nos primeiros minutos.


A direção de Clooney é segura, deixando o público sem imaginar o desfecho da história. Assim como consegue deixar seu elenco em sintonia, extraindo boas atuações de todos, com destaque para as gêmeas de Julianne Moore. Também é interessante perceber o quando o jovem ator Noah Jupe - que já tinha se saído muito bem como coadjuvante recentemente no filme Extraordinário (Stephen Chbosky, 2017) - possui talento de sobra pra carregar um personagem de tanta importância, uma vez que o filme é apresentado sob seu ponto de vista.


O diretor mostra que vem evoluindo na função a cada um de seus seis filmes e é louvável que procure uma história tão peculiar e com tantas "pontas soltas", o que não é muito indicado a quem busca grandes bilheterias. Nada mal pra quem é um dos ícones de Hollywood.


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