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O EXTERMINADOR DO FUTURO: DESTINO SOMBRIO (Terminator - Dark Fate)


Reciclando uma fórmula de sucesso


Em O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, a estratégia de se vender a ideia da tão aguardada reunião de Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton com seus icônicos personagens nascidos no mais do que clássico filme que deu origem à franquia (O Exterminador do Futuro, 1984), sob a batuta de seu idealizador James Cameron - aqui assinando apenas a produção - é bastante clara.


A entrada em cena de novos personagens vividos pelas jovens atrizes Mackenzie Davis (Tully, 2018) e também a colombiana Natalia Reyes (Pássaros de Verão, 2019) dão um novo frescor e agilidade à nova trama. Prova de que o diretor Tim Miller (Deadpool, 2016) acertou em cheio ao perceber que era necessário manter alguns elementos essenciais da história original, tais como a já citada presença dos astros do primeiro filme da saga (Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton), mas também propondo essa espécie de "passada de bastão" aos continuadores da missão antes destinada respectivamente a T-8000 e Sarah Connor, agora entregue à Grace (Mackenzie Davis) e Dani (Natalia Reyes).

Do ponto de vista técnico, é desnecessário ressaltar as inegáveis qualidades desta ultra mega produção. O que não significa, porém, que o filme se resuma a isso, ou seja, a um show pirotécnico. Longe disso, vemos em O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, uma trama bem conduzida e consciente da necessidade de se manter também o bom humor, evitando cair no excesso de melodrama presente no episódio anterior da franquia - O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003) -, por exemplo.


O fato de o novo filme ser dirigido por um diretor, digamos assim, "brincalhão" como Tim Miller, assim como ocorria em seu mais famoso trabalho até então: Deadpool (2016), dá leveza e senso de humor à trama, assim como na cena em que o famoso bordão "I'll be back" é dito de forma quase debochada por Sarah Connor e não mais pelo grandalhão T-8000 como sempre ocorria.


Há também, de forma sutil, uma tendência ao tão contemporâneo empoderamento feminino. Afinal, não por acaso, duas personagens femininas (Grace e Dani) tem peso fundamental no desenvolvimento e desfecho da trama.


Em termos gerais, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio encerra (até o momento) a clássica saga de forma ao menos agradável, entre mais acertos do que erros.



 
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