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INVASÃO AO SERVIÇO SECRETO (Angel Has Fallen)


Ação Inchada


Invasão ao Serviço Secreto é a terceira aventura do personagem Mike Banning - que já enfrentou barracos na Casa Branca e em Londres toda - vivido por Gerard Butler, eternamente lembrado como o rei Leonidas do filme 300 (Zack Snyder, 2006). Após 13 anos, não tem nada de "barriga tanquinho" maquiada com aerógrafo, o ator volta inchado ao ponto de ficar quase irreconhecível. Está na cara que é amigo daquela água que passarinho não bebe, tremendo bebum. Como é impossível esconder a cara de sapão untanha do ator, inventaram que o personagem está viciado em analgésicos devido a um problema na coluna, fruto de muitas brigas violentas e alta exposição a clichês de roteiros de ação.


Ele continua no cargo de segurança do Presidente Trumbull vivido pela versão masculina e americana da Fernanda Montenegro, Morgan Freeman (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, 2012), que atua no "piloto automático" e usa a cara e a voz de quando faz papel de Deus ou de homem muito importante. Talvez no próximo filme vão descobrir que ele foi abduzido e transformado em zumbi, pois é isso que parece neste filme.

Invasão ao Serviço Secreto começa anunciando o problema de saúde de Mike e logo vemos o tipo na sua função de segurança e em cenas fofinhas com a família, que atua como decoração e passa o resto do filme fazendo papel de vaso de porcelana para que os espectadores se preocupem com sua segurança. A ação começa quando, em um ataque, toda os seguranças presidenciais são dizimados e Mike consegue fugir e salvar o Presidente para depois ser culpado por tudo aquilo. Logo depois embarcamos no velho clichê do cara que parte em uma jornada onde enfrenta fantasmas de seu passado para provar sua inocência e pegar os vilões que, nesse filme, são óbvios.

Nem sei por que fazem segredo como se não fosse a coisa mais fácil identificar quem está por trás de tudo. Eram tão óbvios que achei que haveria uma reviravolta mostrando que não eram eles e sim outros por ali.


Tudo não passa de mais um filme bobo de ação que não acrescenta absolutamente nada e nem, ao menos, apresenta efeitos especiais inusitados que, às vezes, conseguem deslumbrar e desviar a atenção sobre a falta de originalidade do roteiro. A única surpresa é Nick Nolte (Além da Linha Vermelha, 1998), que mostra que a sua longa carreira lapidou seu talento e aparece como o pai de Mike, um velhote meio maluco e adorável. Suas cenas são, de longe, as mais divertidas do filme. E é uma pena que o personagem apareça tão pouco neste desfile enfadonho de brigas, tiroteios e explosões com um ator que aparece com três níveis de inchaço devido ao alcoolismo. Sim, nota-se a diferença no rosto do ator nas várias sequências do filme.


Para nós brasileiros resta uma piada final. O personagem Presidente Trumbull aparece no final inserido numa cena de um encontro de países ao lado de Putin e de certo presidente não muito popular por aqui. Será uma indicação de que eles serão os vilões do próximo filme?


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