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AVES DE RAPINA - ARLEQUINA E SUA EMANCIPAÇÃO FANTABULOSA (Birds of Prey and the Fantabulous Emancipa



Uma estrela em absoluta ascensão


Não há dúvidas de que a principal (pra não dizer a única) razão de Aves de Rapina - Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa ter sido realizado é tirar proveito do incontestável fato de que Margot Robbie (Eu, Tonya, 2018) é talvez a principal estrela em ascensão no cinema norte-americano dos últimos anos. O carisma tanto da estrela propriamente dita quanto de sua personagem (Arlequina) é mesmo incontestável.


Lembro-me inclusive de que quando assisti Esquadrão Suicida (David Ayer, 2016) já há um bom tempo, ou seja, a primeira aparição da personagem na tela do cinema, eu já havia chegado à conclusão de que a "Arlequina" era mesmo a melhor coisa do filme, uma figura simplesmente hipnótica, tanto pela beleza, quanto pelo talento e composição de personagem realizado por Margot Robbie.


Agora em seu momento de "emancipação", Arlequina infelizmente acaba recebendo um filme tão mediano e sem maiores atrativos quanto já o era o próprio Esquadrão Suicida. O roteiro do novo filme utiliza em demasia o manjado - e irritante - recurso de muitas idas e vindas no tempo pra contar a história da personagem. Provavelmente, visa justamente tentar disfarçar a precariedade e até obviedade da trama, mas não obtém êxito nesse sentido. O humor que se tenta imprimir ao longo de toda a trama, às vezes funciona, às vezes não. Mas é fato que a diretora estreante Cathy Yan é bem competente no que se refere à condução das eletrizantes cenas de ação que, aliás, são mesmo o que salvam o filme em termos gerais.

Quanto à estrela, embora seja inegável tanto o carisma de sua já icônica personagem, bem como o talento de Margot Robbie (já comprovado em filmes de maior complexidade dramática como Eu, Tonya, por exemplo), o fato é que ela não acerta muito no tom de sua atuação aqui, soando um tanto caricata. Erros à parte, "Aves de Rapina" tem lá seus bons momentos, sobretudo quando a pequena Cassandra Cain (Ella Jay Basco - estreante) pra - literalmente - roubar a cena, com sua divertida ladra mirim.


Destaque também para Ewan McGregor (Cova Rasa, 1994), vivendo provavelmente pela primeira vez em sua carreira, um vilão: o dono de clube noturno Roman Sionis, também conhecido como "Máscara Negra". Na prática, um gângster mimado e trapalhão.


A ótima trilha-sonora, que vai desde o hard rock feminino (ou até feminista) das Runaways em I Hate Myself For Loving You e do Heart com Barracuda, até clássicos imortais da soul music, é outro ponto alto do filme.


Entre erros e acertos, a "emancipação" da bela Arquelina, rendeu ao menos um filme razoável.



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