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CHAMAS DA VINGANÇA (Firestarter)


RECICLANDO COM PERSONALIDADE

por Ricardo Corsetti A produtora norte-americana Blumhouse, especializada no gênero terror, se tornou mundialmente conhecida e prestigiada, ao lançar o já clássico Corra! (2017), filme escrito, produzido e dirigido pelo hoje ultra-prestigiado autor norte-americano Jordan Peele.

Desde então, entre erros e acertos, a Blumhouse tem produzido em larga escala filmes que abrangem diversos subgêneros e segmentos do horror contemporâneo. Nada mais lógico, portanto, do que a produtora investir agora neste remake de Chamas da Vingança, rodado originalmente em 1984, igualmente a partir da obra A Incendiária (1980), do renomado escritor Stephen King.

O filme, assim como a obra literária que o inspirou, segue a linha do terror permeado por fenômenos paranormais, uma tendência bastante popular entre meados dos anos 70 e início dos 80, mas hoje um tanto esquecida.

A protagonista Charlie, vivida pela pequena e super talentosa Ryan Kiera Armstrong (Meu Amigo Enzo, 2019), remete inevitavelmente à primeira adaptação cinematográfica do texto, então protagonizada pela ultra-carismática Drew Barrymore (ET-O Extraterrestre, 1982), mas, felizmente, a nova pequena protagonista não decepciona em termos de comparação à sua predecessora. O ex-galã Zac Efron (Ted Bundy, 2019) também não faz feio, mostrando ter amadurecido como ator, ao viver Andy, o pai da pequena protagonista.

O diretor Keith Thomas (The Vigil, 2019) erra um pouco na condução do ritmo da trama, mas merece reconhecimento pela coragem em desafiar a cultura do politicamente correto nas em que a pequena Charlie, digamos assim, pune seus algozes da forma que eles realmente merecem. Outro ponto alto do remake de Chamas da Vingança é a excelente trilha sonora composta pelo lendário diretor e compositor John Carpenter (Halloween, 1978). Entre erros e acertos, a nova versão cinematográfica do texto de Mr. King, sem dúvida, cumpre sua função de entreter seu público alvo, ou seja, os saudosistas (assim como eu) da velha (e eficiente) fórmula de um bom filme de horror.



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