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FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS





COLETIVA AS DONAS DA BOLA

O Festival Varilux de Cinema 2020 começa dia 19 de novembro com uma seleção de 17 longas de ficção e um documentário. Todos inéditos e sendo exibidos em mais de 40 cidades com a opção de mudar as datas dada aos exibidores devido à crise do Corona Vírus.


Esta nova edição foi realizada em nove cidades, exibida em 11 salas de cinema e vista por cerca de 25 mil pessoas. Nove anos depois, em 2018, atingiu quase todo o Brasil, tendo passado por 88 municípios, 118 salas e consumido por um público de 172 mil pessoas de todas as idades. Os longas-metragens programados se destinam tanto a adultos quanto jovens e crianças.

Por conta da Pandemia, desde o mês de maio o Festival Varilux Em Casa exibiu - durante quatro meses - a 50 filmes franceses de produção recente, atingindo 666.514 visualizações na plataforma Looke.


Na tarde do dia 12/11 houve uma coletiva com o diretor Franco-argelino Mohamed Hamidi (onde falou sobre seu filme participante do festival. Trata-se de As Donas da Bola (Une Belle Èquipe, 2019) uma comédia sobre a formação e posterior desenvolvimento de um time de futebol feminino.

Tudo começa quando o time de futebol de um clube da pequena cidade de Clourrières é suspensa do campeonato devido a uma briga homérica. Com o intuito de salvar a reputação do clube e participar de um campeonato, o técnico decide criar um time feminino. Sua ideia é abraçada por diversos tipos de mulheres da cidade que decidem se jogar na empreitada e batalhar para seguir em frente apesar de ter que lutar contra o machismo vigente que se apresenta através da falta de interesse de patrocinadores, machismo dos maridos e até da própria torcida.


Nascido na pequena cidade de Bondy, onde não tinha muita coisa o que fazer além de jogar futebol, Mohamed Hamidi se apresentou como um entusiasta do esporte que ficou encantado com a invasão feminina dos campos de futebol. Para ele um vento de frescor, autenticidade e verdadeiro amor pelo esporte que veio para mudar este cenário dominado pelos homens que afundaram no pântano do estrelismo e campanhas de marketing.


Esse sentimento se juntou a momento de afirmação das mulheres como protagonistas de filmes e da vida real, à admiração de histórias inspiradas na vida real e inversão de papéis. Daí nasceu a ideia de contar a saga deste time de mulheres que enfrenta o mundo inteiro para alcançar seus objetivos. E não teve muitos problemas nessa empreitada, cresceu rodeado de 6 irmãs e, assim, sabia muito bem como lidar com um time inteiro de mulheres. Estas foram escolhidas uma a uma por ele e foram treinadas pela jogadora de futebol Corine Petit . Ela deu o conhecimento e preparação necessária para que criar situações e atuações extremamente plausíveis em um roteiro onde cada situação, reação de personagens e até diálogos foram pinçados de acontecimentos reais que revelam o machismo dominante na sociedade que rejeita a ideia de um time de futebol formado por mulheres. O resultado dessa interação de realidade e ficção foi a formação de um verdadeiro grupo coeso que rendeu fortes relações de amizade após as filmagens terem terminado. O time de futebol fictício tornou-se um time de amigas que acaba sendo um exemplo de certa famosa frase que escutamos sempre. A vida imita a arte.

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