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MISSÃO DE SOBREVIVÊNCIA (Kandahar)




EUA: A POLÍCIA DO MUNDO SEMPRE VIGENTE



por Ricardo Corsetti


Produções norte-americanas, seja no contexto das duas grandes guerras mundiais, seja fazendo menção aos eternos conflitos entre países do Oriente Médio, onde os Estados Unidos da América são vistos como a autêntica "polícia do mundo" sempre vigilante em busca da manutenção da "liberdade e democracia" ao redor da Terra, não são novidade na história do Cinema.

Nesse sentido, o recente Missão de Sobrevivência, estrelado pelo astro escocês Gerard Butler (300, 2006) não avança nem um milímetro em relação aos clichês estabelecidos para este tipo de filme.


Mas, ao menos o diretor norte-americano Ric Roman Waugh (Invasão ao Serviço Secreto, 2019) o faz com competência técnica, em termos de direção, nos oferecendo um "drama de ação" com ritmo relativamente ágil e com bom elenco.


O problema é quando, em determinados momentos, a trama descamba para o melodrama excessivo, apelando para o uso de questões relacionadas à vida pessoal do protagonista de forma totalmente desnecessária ao desenvolvimento da história/narrativa. E a trilha sonora, exageradamente emotiva, compromete ainda mais o resultado.



Outra coisa a se destacar é o curioso fato de que, já há alguns anos, Gerard Butler (agora um homem de meia-idade), assim como já havia ocorrido anteriormente ao astro norte-irlandês Liam Neeson (Busca Implacável, 2008), tardiamente se converteu numa espécie de herói maduro de filmes de ação.


Enfim, voltando a falar especificamente sobre Missão de Sobrevivência, não há muito a se dizer a respeito, além de qualificá-lo como um bom "drama de ação", estrelado por um ator carismático e tecnicamente bem realizado. Mas ainda é pouco para classificá-lo como um filme minimamente acima da média.


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