Volta da família, depois de muito tempo
O primeiro filme foi um sucesso inesperado para o cinema - tanto que na época falavam em continuação, porém nunca veio - até os atores tentaram recriar a magia do original, em outros filmes, falhando em capturar a essência que conquistou o público.
Quando tudo parecia perdido, sai o Casamento Grego 2. Na história vemos que o Toula (Nila Vardalos) continua seu final feliz, junto a Ian (John Corbett) e sua filha Paris Miller (Elena Kampouris) lidando com a sua família até descobrirem que os patriarcas nunca tiveram a união oficializada. Sendo assim, a família decide fazer um novo casamento. Toula ainda precisa lidar com a partida da filha para uma faculdade longe de casa e uma possível crise no casamento.
Sou fã de comédias românticas. Para mim, aquelas que fazem jus ao gênero são as que abordam assuntos do cotidiano, e o primeiro filme consegue essa façanha de entreter e emocionar. Sua continuação vem um pouco tarde, tentando recriar a formula do original, o que é o "calcanhar de Aquiles" do longa-metragem.
O filme não tenta fazer algo original - repetindo arcos narrativos (a mudança do personagem durante seu trajeto) do seu antecessor sem qualquer pudor - porém consegue tirar risadas genuínas da plateia através de uma família muito carismática e a química dos atores flui muito bem na tela.
É aconchegante ver as peripécias dos personagens. O problema é o roteiro e direção fracos, que não levam a conflitos interessantes, apenas acariciam superfície de temas que poderiam ajudar na evolução de Casamento Grego 2.
O filme teria potencial para ser tão bom - ou melhor - que o original. O que fica claro é que a demora para uma continuação prejudicou muito, tanto que os produtores não sabem se o público aceitaria um comédia românticas inteligente. Repetindo o que deu certo, ficam nas mãos um longa-metragem sem conflitos engraçadinho, para uma premissa que poderia muito mais: falar com todas as famílias, não só a grega.