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TINI - DEPOIS DE VIOLETTA (Tini)


Genérico e sem criatividade

Violetta é uma série da Disney, uma telenovela argentina com a produção da Disney tendo três temporadas, agora vindo com um primeiro filme, esperado por fãs.


A história já começa onde a série deixou Violetta (Martina Stoessel), desfrutando o sucesso da cantora internacional. Contudo, um suposto caso de traição faz com que a menina decida se aposentar cedo, indo passar um tempo na Itália. Lá encontra novas amizades, buscando sua própria identidade e assim estabelecer um caminho diferente para seu sonho.


Não é novidade uma série infanto-juvenil ganhar as telas do cinema. Isso já aconteceu com Hanna Montana (também da Disney), porém a premissa do roteiro se mostra um tanto genérica, principalmente se você não for fã do conteúdo original, que requer um relacionamento a longo prazo para ter afeto aos personagens.


Existe uma química forçada entre o elenco jovem. Os personagens não são carismáticos, apelando para o melodrama barato, faltando o desenvolvimento que os coadjuvantes desesperadamente precisavam durante a trama. Caem automaticamente em uma reviravolta de clichês durantes os atos, perdendo a chance de conquistar uma nova audiência.

Tudo dentro do filme é rodado exatamente como um videoclipe. Cenas que precisavam passar uma certa emoção perdem a força pela falta de sensibilidade necessária do diretor Juan Pablo Buscarini (Um Conto Chinês, 2011), ao não entender da emoção básica humana, o que transforma toda a experiência do filme em um exercício de futilidade. Isso retira a suposta humildade que a protagonista constantemente tenta passar no decorrer do longa.


Toda a película desempenha uma performance genérica, sem qualquer criatividade com a personagem principal. O que prometia ser um novo amadurecimento, simplesmente regride ao invés de evoluir. A direção escolhida passa pelas mesmas etapas que foram apontadas durante três temporadas. A única mudança real foi o cenário, pois o resto se sustentar em ser um simples estereótipo de um personagem da série.


Me peguei pensando o quanto cada cena me lembra um comercial de margarina, onde não existe um problema real. O que deixa claro que talvez esse filme não era para ser distribuída no cinema, e sim no conforto de casa, onde você pode facilmente mudar de canal e esquecer de quem é a tal Tini.

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