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EU FICO LOKO


Uma selfie filmada

Foi-se a época em que roteiros de comédia surgiam com criações especificas de personagens inanimados. Hoje - com a ascensão de youtuber pipocando dia a dia - o mercado do gênero tem utilizado de biografias para alavancar a comercialização.


Christian Figueiredo, com o seu canal Eu Fico Loko é o pilar do filme de mesmo titulo. Uma adaptação de seu livro biográfico e dos vídeos pessoais nos quais contam suas experiências de vida.


Filipe Bragança interpreta o autor em sua adolescência mostrando as pressões, conflitos, bullyings, a relação familiar, entre outros. O filme não foge de clichês hollywoodianos como o famoso loser (fracassado) ridicularizado que tem uma paixão platônica.


Durante todo o filme é perceptível a necessidade de promover o protagonista real, uma vez que sua família, avó e irmã, pouco aparecem. Não que isso faça muita diferença no roteiro, mas fica vago, uma vez que baseia-se em um personagem real.

Outro problema é a ausência de características e personalidade nos personagens secundários, parece que todos estão no filme apenas com a função de tapar buracos, ainda que deixem vários.


Há uma ausência de narrativa bem como atitudes confusas e incompletas que não distinguem as personagens e não alimentam interesse para um segundo olhar sobre elas. Nem mesmo quando há narrações do próprio Christian o quadro muda.


Contudo, Eu fico Loko - o filme é uma autoafirmação de identidade, salvo apenas por relembrar um pouco do antigo Confissões de Adolescente (TV Cultura). Do mais, o filme é apenas isso: uma reflexão sobre problemas adolescentes vista por adultos.


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