Gênero japonês em filme americano
No nome filme King Kong, batizado de KONG - A Ilha da Caveira, tudo começa no fim da Segunda Guerra Mundial. Dois pilotos rivais caem numa ilha. O americano Hank Marlow (Will Brittain) e o japonês Gunpei Ikari (Miyavi). Eles travam uma luta até a morte - conforme as ordens dos seus superiores - até que são surpreendidos pelo personagem principal, Kong (Terry Notary).
Passam-se os anos, a Guerra do Vietnã chega ao fim para Preston Packard (Samuel L. Jackson) e seus recrutas graças à vitória do inimigo e a interferência fotográfica da jornalista Mason Weaver (Brie Larson), mas antes de voltar para casa terão de escoltar o cientista de uma agência de pesquisa sobrenatural Bill Randa (John Goodman) e seu assistente Houston Brooks (Corey Hawkins) junto com um mercenário militar de nome James Conrad (Tom Hiddleston) para uma expedição de mapeamento geológico numa ilha do pacífico sul em forma de caveira.
Chegando lá, após atirarem bombas, são recebidos em contra-ataque da "fera alfa": Kong. Isso causa perdas humanas e risco mortal aos sobreviventes numa selva habitada por monstros e nativos tailandeses - que abrigaram Marlow (John C. Reilly) em idade avançada - e tem o Kong como principal protetor contra o Grande Lagarto, a principal ameaça da ilha. Para todos voltarem a suas casa, precisam estar no ponto de encontro enquanto decidem se o Kong é aliado ou inimigo.
A inspiração do filme é o Kaiju, gênero dos filmes japoneses para os monstros gigantes que atacam as grandes metrópoles, ora forçando o uso militar, ora lutando contra outros monstros gigantes. A principal técnica envolvia atores fantasiados em cenários diminutos ao contrário da animação stop-motion (animação quadro a quadro) do filme americano de
1933 dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack que inspirou todo o gênero. Claro, graças à tecnologia de captação de movimentos do ator Terry Notary (O Bom Gigante Amigo, 2016) que trabalhou diretamente com Andy Serkis nos filmes King Kong (Peter Jackson, 2005), a franquia Planeta dos Macacos - A Origem (Rupert Wyatt, 2005) e O Confronto (Matt Reeves, 2011) foi possível fazer mais um reboot sobre a Oitava Maravilha do Mundo, sem deixar de homenagear seus antecessores.
No filme dirigido por Jordan Vogt-Roberts (Os Reis do Verão, 2013), está mais centrado no conflito de opiniões divergentes sobre a guerra. Obedecer ordens ou pensar por si próprio. A vingança justifica a matança ou esconde outra motivação? O inimigo existe de fato ou nós o criamos?
Tais questões são levantadas através do cientista Randa, que deseja livrar o mundo dos monstros, do General Packard em vingar a morte de seus soldados e da Weaver, em perceber a bondade na fera do tamanho de um prédio.
Ao assistir o filme, vai um aviso: tem cena pós-crédito.