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LOGAN LUCKY - ROUBO EM FAMÍLIA (Logan Lucky)


União em família


O filme Logan Lucky - roubo em família retrata todo o amor pela cidade e a união da família. E a cidade escolhida para corroborar tudo isso é West Virgínia, onde seus personagens reforçam isso ao longo da trama, com ações como no início do filme onde o pai Jimmy Logan (Channing Tatum) conserta sua caminhonete com a ajuda de sua filha pequena Sadie (Farrah Mackenzie) ouvindo e contando a história da música Take Me Home Country Roads (John Denver) que é um hino para a Virgínia.


O ex-jogador de futebol da escola secundária Jimmy Logan perde o emprego e descobre que sua ex-mulher Bobbie Jo Logan Chapman (Katie Holmes) vai pra outra cidade, pois seu atual marido Moody (David Denman) vai se mudar, levando sua pequena filha para longe. Então decide fazer um roubo ambicioso durante uma corrida de automóveis da Nascar (associação automobilística norte-americana que controla eventos de esporte a motor, em especial competições de stock car dos EUA). Para isso, precisa formar uma equipe, e junta seus dois irmãos: Clyde (Adam Driver) e Mellie (Riley Keough).

Jimmy engendra um plano dentro de outro plano, pois é necessário que Joe Bang (Daniel Craig) - um especialista em explosivos que está preso - saia e volte à cadeia sem que ninguém no presídio perceba.


O personagem de Tatum não é de longas falas. Jimmy é de um tipo que resolve rápido, e uma vez tomada a decisão não volta atrás. Tatum passa isso com sobriedade e uma firmeza no olhar, quase dura, porém se desmancha perante a filha, interpretada pela atriz mirim Farrah Mackenzie, que está excelente e impressiona quando canta a música do filme, mais pela emoção que coloca do que pela habilidade vocal.

Clyde tem um semblante triste, é talvez o que mais fale com o olhar. É um barman que perdeu sua mão na guerra do Iraque e acredita que há uma maldição na família. Driver passa essa tristeza o filme todo, segurando-a somente no olhar.


Um filme que lembra os moldes de Onze Homens e Um Segredo (Steven Soderberg, 2001), porém sem o seu glamour e sim com simplicidade.

Craig está engraçado porque é uma mistura de "fortão” e intelectual, num visual extremamente loiro e tatuado. Quem está acostumado aos ternos alinhados de Craig em James Bond ou a seriedade dele em Millenium não o reconhece aqui, ele é um malandro que espera se dar bem.


Dirigido por Steven Soderbergh (Erin Brockovich, 2000) - que havia anunciado sua aposentadoria e não tinha feito mais nada no cinema, mas sempre com um trabalho na TV - marca seu retorno com um filme gostoso de assistir, simples e de pessoas simples.


É uma história que envolve pelas planificações, pelo humor em coisas simples. Não há grandes piadas, são pequenos momentos sem nenhuma pretensão e que acabam por dar o tom de todo o filme. Somando-se a isso, o forte patriotismo e sempre a importância da união em família, tudo de forma natural.


Uma comédia leve que aos poucos vai mostrando o seu caminho, com boas surpresas, um elenco com atuação primorosa e um final surpreendente.


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