Para todos o seres humanos, um mundo para poucos
O filme de Alexander Payne (Nebraska, 2014) segue a receita dos anteriores, sempre um homem cordial superando suas dificuldades. Em Pequena Grande Vida esse homem é interpretado por Matt Damon (Gênio Indomável, 1997), o ator sempre aborda temas existenciais. Também no elenco encontra-se o fabuloso Christoph Waltz (Deus da Carnificina, 2011) e Kristen Wiig (Missão Madrinha de Casamento, 2011). A comediante foi nomeada ao Oscar de Melhor Roteiro em 2012.
Na cidade de Omaha, as pessoas descobrem a possibilidade de reduzir de tamanho para uma versão minúscula, a fim de terem menos gastos vivendo em pequenas comunidades que se espalham pelo mundo. Encantado após ter contato com amigos que passaram pelo processo, um homem (Damon) decide convencer sua mulher (Wiig) a adotar o curioso novo estilo econômico de vida.
A comédia fala sobre as decisões que tomamos para nos livrar das dificuldades financeiras. Quem nunca quis ganhar um bilhete premiado para gozar dos prazeres matérias, uma casa grande, um estilo de vida luxuosa com requintes? No universo proposto por Payne isso é possível, mas o preço é alto. Para se obter esta façanha deve-se abrir mão do mundo como se conhece para se transformar num homem de 12cm. Isso mesmo, 12cm. Lembre-se da película Querida encolhi as crianças (1990), de Joe Johnston, lá conta a história de um homem (Rick Moranis) que inventa uma máquina que encolhe seres humanos.
Um mundo dentro do mundo, a comédia é um blockbuster feito para agradar ao grande público, sem ousadias metalinguísticas. História bem contada e de fácil compreensão.
Com trama interessante, elenco consagrado, Pequena Grande Vida é uma ótima opção para os que curtem cinema como um programa social. É gostoso, é bonito, e põe questões para se opinar na mesa do jantar.