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O PASSAGEIRO (The Commuter)


Déjà vu


Entra em cartaz o filme O Passageiro, com o mito Liam Neeson (Silêncio, 2016). Dirigido por Jaume Collet-Serra (Sem Escalas, 2014), com Vera Farmiga (Hotel Bates, 2017) e Patrick Wilson (Fome de Poder, 2017) é uma fita de ação e suspense.


Durante o seu trajeto usual de volta para casa, um vendedor de seguros Michael (Neeson) é forçado por Joanna (Farmiga) - uma estranha misteriosa - a descobrir a identidade de um dos passageiros do trem em que se encontram antes da última parada. Com a rotina quebrada, o homem se vê no meio de uma conspiração criminosa.


Para quem viu a trilogia de Busca Implacável (Taken, 2008, 2012 e 2014) - assinada pelo cineasta francês Luc Besson (Valéria - e a cidade dos mil planetas, 2017) - notará que a mesma fórmula da linguagem cinematográfica se aplica no código de Collet-Serra, que também é o maestro em parceria com Neeson em Sem Escalas (Non-Stop, 2014) e Noite sem Fim (Run All Night, 2015). Ao que tudo indica, a estrela Neeson é quem rege a obra que participa.

Se pegar os últimos cinco filmes dele é só ação, salvando a filha, o filho, o avião. A estrutura é a mesma. Em O Passageiro o disparador é fenomenal, o filme todo acontece no trem, mas não tem como não lembrar de toda a obra que o ator realizou.


Os personagens de Neeson desvendam todo o código da mensagem, ele está sempre com todos os encaixes do quebra-cabeça posicionados, basta apenas boa vontade para montar. Parece que ele tem um aquário de situações de ação, adversários enigmáticos e tesouros místicos, ele pega um de cada dentro da água e pronto, tem um excelente filme de ação. Mas é como ir ao McDonalds, independente dos hambúrgueres, do número um ao seis, todos tem o pão em comum. Eu gostaria de ver um filme com ele desconstruindo o discurso machista, e a vítima na película será um homem.


Ver um ator ou qualquer pessoa de sessenta anos fazendo o que ele faz, pulando, pelejando, colocando a vida em risco como um jovem esportista radical é maravilhoso - é uma mensagem otimista para se envelhecer nos dias de hoje - porém, todos os últimos filmes tem sido um hábito treinar como ninja. E isso torna os filmes em que ele protagoniza, previsíveis.


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