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O MENINO QUE QUERIA SER REI (The Kid Who Would Be King)


A lealdade dos cavaleiros nos tempos atuais


O ser humano há muito tempo transmite visões de mundo e valores pelas narrativas, seja com desenhos em uma caverna, pela escrita em papiros e livros, ou pela oralidade, para citar alguns exemplos. Nessas narrativas, a imaginação e a vida se entrecruzam e criam universos para serem vividos, compreendidos ou ser colocada em xeque a realidade de até então, por meio de lendas, mitos, feitos heroicos e históricos.


O menino que queria ser rei é baseado na história do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Dirigido e roteirizado por Joe Cornish, roteirista do Homem-Formiga (2015), a produção coloca o mito do Rei Arthur nos dias atuais. Então temos a mescla do humor inglês, a trama de um jovem adolescente e o universo mítico com cavaleiros do submundo querendo transformar a Terra em chamas.


Alex (Louis Serkis) é um garoto que sofre bullying no colégio pela dupla Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris). O interessante é que esses valentões quebram a configuração de serem sempre meninos, e no caso é um menino e uma menina. Defender o amigo Bedders (Dean Chaumoo) intensifica essa perseguição estudantil. Um dia após as aulas, enquanto corre para escapar das mãos dos valentões, Alex se depara com um canteiro de obras abandonado. Ali sua trajetória mudará, pois encontra a lendária espada Excalibur fincada em uma pedra. Para enfrentar a meia-irmã do rei Arthur, Morgana (Rebecca Ferguson), ele conta com a ajuda do mago Merlin em duas versões, uma jovem, interpretado por Angus Imrie (Pond Life, 2018), e a sua versão mais velha, interpretada pelo veterano Patrick Stewart (Logan, 2017).

O filme cativa pela atuação dos atores, a relação das personagens entre si e as questões de cada um. De maneira leve, o tema da lealdade dos cavaleiros é transmitido, o aprendizado é constante, a força da amizade e companheirismo é colocada à prova para que o mundo seja salvo.


Apesar da potencialidade criativa do filme estar tímida e acomodada nos recursos padrões, o mérito está na atualização da lenda, algo que o cinema faz há algum tempo, cada adaptação com as suas particularidades, desafios, sucessos e falhas.


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Também escreve esquetes de humor para internet (algumas no programa que também produziu chamado Dedo Indicador) e contos ainda não publicados. Atualmente está filmando dois curtas de sua autoria.  

 

Formado pela FACHA/RJ em Jornalismo e Publicidade & Propaganda. Fez aulas particulares com Jorge Duran (roteirista de Pixote e Lucio Flávio - Passageiro da Agonia). Fez a Oficina de Roteiro da Rio Filme e inúmeros cursos de roteiro com profissionais da área.

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