Formato jovem, velha fórmula
Além do velho clichê da amiga doidinha que funciona como contraponto à amiga certinha a quem, aliás, a primeira sempre recorre quando não está bem, há vários outros "cacoetes" característicos da estética indie norte-americana, desde meados dos anos 90, pelo menos.
A estreia do montador e roteirista Dan Sallitt na direção não traz qualquer novidade a este subgênero não-oficial, valendo-se do mesmo formato minimalista caracterizado por muita verborragia (excesso de diálogos pretensiosos), elenco semi-profissional, planos de cobertura desnecessários, etc.
A verdade é que, salvo a boa atuação, beleza e estranho carisma da coprotagonista Jo, vivida pela atriz Norma Zea Kuhling (da série de TV Chicago Med), pouco mesmo se destaca em Fourteen.
O tema depressão juvenil, embora apresentado com relativa competência, acaba caindo na mesmice ao se deixar levar por uma série de situações paralelas, nem sempre bem desenvolvidas e resolvidas em seus desfechos paralelos.
Me arrisco a dizer que, caso apostasse mais no talento e carisma de Norma Zea Kuhling e menos na quase inexpressividade da protagonista oficial Mara, vivida pela estreante Tallie Medel, o diretor/roteirista poderia obter um resultado bem melhor em sua estreia na direção.