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RAINHAS DO CRIME (The Kitchen)


Mulheres "Tarantinando"


Em Rainhas do Crime, estreia na direção da roteirista Andrea Berloff, além da evidente referência "tarantinesca" tanto no estilo narrativo quanto na composição estética, vemos uma clara ode ao empoderamento feminino, questão tão em voga nas mais diversas produções cinematográficas contemporâneas, em filmes dos mais variados gêneros, aliás.


Neste híbrido de comédia com filme policial, a diretora/roteirista acerta o alvo, num filme bastante divertido, onde a trama é bem desenvolvida, com agilidade e quase sempre evitando tornar pesado o tema em pauta: violência (física e psicológica) contra a mulher. Porém, em determinados momentos, Rainhas do Crime não consegue evitar o desnecessário panfletarismo em torno da questão "mulher x machismo".


Merece absoluto destaque a espetacular trilha-sonora (que só reforça, aliás, a influência tarantinesca) que vai desde o melhor da soul music setentista - como canções da banda de funk instrumental The Meters, por exemplo - até alguns dos grandes clássicos do rock do mesmo período.


A reconstituição de época (meados dos anos 70) é, em termos gerais, muito boa. Fazendo, por meio dos figurinos e penteados das atrizes, evidentes menções à "Era Disco", sobretudo na parte final da trama.


Entretenimento de primeira associado a engajamento na causa feminina (não propriamente feminista). Rainhas do Crime cumpre bem sua função no sentido de divertir com conteúdo. Descontados os poucos momentos em que o filme realmente resvala no discurso panfletário, o saldo geral é bastante positivo.




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