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AINBO: A GUERREIRA DA AMAZÔNIA (Ainbo)



SINGELEZA SEM NOVIDADES


por Ricardo Corsetti

Filmes de animação que abordam a destruição do meio-ambiente já não são propriamente uma novidade em qualquer lugar do mundo. Da megaprodução norte-americana Pocahontas (Mike Gabriel e Eric Goldberg, 1995) ao ótimo filme de animação brasileiro Uma História de Amor e Fúria (Luiz Bolognesi e Jean de Moura, 2013), o tema em questão já foi abordado em larga escala.

O recente Ainbo: A Guerreira da Amazônia se insere com competência neste segmento, mas sem apresentar grandes novidades narrativas ou mesmo técnicas ao tema.


A pequena Ainbo, pertencente à aldeia de Candamo, situada no interior da grande floresta amazônica, em companhia de "Dillo" (seu amigo Tatu) e da enorme anta conhecida como "Vaca". Irá tentar fazer de tudo para combater gananciosos garimpeiros que desejam explorar, de forma irresponsável, o ouro situado no território de seu povo. Auxiliada pelo "espírito materno da Amazônia", no caso uma tartaruga chamada "Motelo Mama", a garota e seus amigos se empenhará nessa perigosa missão.

O diretor Richard Claus (Meu Amigo Vampiro, 2018) mostra competência na condução da singela trama, mas sem necessariamente acrescentar qualquer novidade a tudo aquilo que já vimos, por exemplo (e de forma mais competente, diga-se de passagem) nos filmes de animação citados no primeiro parágrafo.

"Ainbo" cumpre bem sua função enquanto entretenimento informativo graças à inegável relevância do tema abordado, num momento em que preservação ambiental associada à responsabilidade social na forma como exploramos os recursos naturais ao redor do mundo é palavra de ordem, bem como a garantia de nossa sobrevivência a longo prazo. Apenas creio que o filme poderia ter se empenhado um pouco mais em buscar um autêntico diferencial em relação a tantos outros títulos (seja no campo da animação, seja no campo da produção convencional com elenco orgânico) que já vimos nos últimos anos.


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