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COMO CÃES E GATOS 3: PELUDOS UNIDOS  (Cats and Dogs 3: Paws Unite)



OVERDOSE DE FOFURA


Filmes que se valem ou se fundamentam a partir da presença de animais, sobretudo quando antropomorfizam (dão características humanas) sua condição, sempre despertam reações extremas: parte do público ama, outra parte odeia.



Eu, particularmente, não chego a odiar este tipo de filme, talvez por amar incondicionalmente cães, sobretudo. Mas me incomoda, sim, essa tendência que os filmes tem no sentido de só valorizar a figura ou até a própria existência dos animais, quando estes apresentam (no campo da ficção) comportamento semelhante ou até idêntico ao humano.


Dito isso, quanto ao filme propriamente dito, trata-se da terceira parte da franquia, muito bem sucedida comercialmente, aliás, Como Cães e Gatos.


Não vi os filmes anteriores da franquia, portanto, não tenho parâmetros para compará-lo aos demais episódios sobre a eterna "luta amistosa" entre nossos dois maiores companheiros de quatro patas, no ambiente do lar: cães e gatos.



O mais recente episódio dessa saga de conflitos/aliança entre os dois mais populares "pets" do universo, dirigido por Sean McNamara (Uma Razão Para Vencer, 2019), não foge à regra da "humanização" dos peludos associada a uma boa dose de humor que normalmente vemos em 90% dos filmes do gênero, mas o faz com competência.



A utilização dos amigos de quatro patas Gwen (a gata) + Roger (o cão) para demonstrar o quanto seus amigos humanos são dependentes do universo virtual (celular, computadores, redes sociais, etc) a ponto de mal conseguirem se relacionar uns com os outros fora desse mundinho, é bem interessante, embora acabe caindo no lugar comum já apresentado por outros diversos filmes voltados ao público infanto-juvenil. 


Destaque para a cena em que os verdadeiros protagonistas da trama Gwen e Roger se separam com um "antiquissimo" telefone de disco e simplesmente não fazem ideia de como utilizá-lo. Ótima metáfora sobre a rápida descartabilidade de tudo no mundo contemporâneo e talvez a melhor piada do filme.


O "vilão" da trama, no caso o simpático e atrapalhado papagaio Pablo, também merece destaque neste típico "filme para toda a família".


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