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DE PERTO ELA NÃO É NORMAL



Empoderamento de butique


O novo longa escrito e protagonizado por Suzana Pires (Loucas Pra Casar, 2015), com direção de Cininha de Paula (Crô em Família, 2018), cumpre bem sua função de levar ao grande público, de forma leve, o conceito hoje tão em voga do empoderamento/emancipação da mulher na sociedade contemporânea, mas devido à forma esquemática que o faz, não avança além do lugar comum em que tantas outras produções recentes sobre o assunto acabam caindo.


O formato (previsível), claramente inspirado nas típicas comédias românticas norte-americanas, é compreensível no sentido da necessidade do filme dialogar com as plateias brasileiras, já extremamente familiarizadas com as regras deste subgênero; porém, ao se valer de uma fórmula já desgastada e "segura" pra defender sua tese, acaba caindo em muitos clichês do tipo "a mulher sofredora de meia-idade, presa a um casamento infeliz".


Felizmente, o talento cômico e também dramático de Suzana Pires, que vive três papéis ao longo da história - Suzie (protagonista), sua mãe e sua avó -, compensa, até certo ponto, a previsibilidade da trama.


Algumas participações especiais, tais como a de Angélica (Zoando na TV, 1999) e a de Ivete Sangalo (Xuxa Gêmeas, 2006), são totalmente dispensáveis e insossas.



Em suma, De Perto Ela Não É Normal é cheio de boas intenções e algumas poucas boas ideias. Vale uma conferida, sobretudo pelo talento da protagonista/roteirista Suzana Pires. Mas nada além disso.




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