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DOGMAN (idem)

FIDELIDADE ACIMA DE TUDO

por Ricardo Corsetti


É fato que posso até ser suspeito para avaliar um filme, em grande parte, protagonizado por cães. Visto que eu simplesmente adoro este ser, merecidamente conhecido como "o melhor amigo do homem".

Aliás, concordo plenamente com a afirmação feita pelo protagonista humano de Dogman, segundo o qual, "o único defeito que eles (os cães) possuem, é confiarem em humanos".


Dito isso, quanto ao filme propriamente dito, digamos que se trata de um bom retorno de Luc Besson (O Profissional, 1994) à direção pois, sem dúvida, o mais americano dentre os diretores franceses continua muito habilidoso no sentido de construir cenas envolvendo muita ação e - consequente, tensão - e o que é mais importante: sem esquecer do desenvolvimento dos personagens, tornando-os sempre muito humanos e carismáticos aos olhos do espectador.


Nesse sentido, é claro que o inegável talento de Caleb Landry Jones (Nitram, 2021), colabora muito para tornar seu traumatizado e injustiçado personagem num anti-herói para o qual é simplesmente impossível não torcermos o tempo todo.


Apesar da grande ausência de verossimilhança presente em várias cenas do filme (sobretudo as que envolvem os mencionados cães, amigos do protagonista), estamos aqui falando de cinema e não de vida real. Portanto, isso não chega a comprometer a qualidade do filme e, muito menos, sua eficiência em termos narrativos.


Dogman é um autêntico presente aos amantes deste ser divino chamado cachorro. E, apesar da violência contida em determinadas cenas, creio que pode ser visto e saboreado por crianças e pré-adolescentes nestas férias, até como forma de já se gerar uma muito bem-vinda empatia por parte desse público em relação aos animais e, consequentemente, o devido e merecido respeito a eles.



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