top of page

EIKE - TUDO OU NADA


CAPITALISMO SUBDESENVOLVIDO


por Ricardo Corsetti Eike Batista, o empresário brasileiro que - segundo a revista norte-americana Forbes - chegou a ser oitavo homem mais rico do mundo, acumulando um patrimônio pessoal superior a 30 bilhões de dólares, é o tema desta cinebiografia que possui lá seus méritos, embora nem sempre acerte o alvo.

Talvez o principal problema de Eike - Tudo ou Nada, é que o filme se leva a sério demais, não abrindo espaço para o humor tipicamente brasileiro que, caso utilizado na medida certa, poderia tornar sua trama bem menos pesada e assim gerar maio empatia junto ao grande público. Falar sobre a ascensão e queda do império pessoal de Eike, narrando o erro fundamental que foi apostar todas as fichas na OGX - empresa que pretendia ser uma espécie de "Petrobrás de capital 100% privado" - é, sem dúvida, muito importante. Mas equilibrar o tema com boas pitadas de humor, citando por exemplo, a sempre complicada (e por isso mesmo divertida) relação do empresário com a exuberante musa carnavalesca Luma de Oliveira, tornaria o filme bem menos pesado e sisudo.


A breve aparição de Carol Castro (Veneza, 2019), simplesmente belíssima em cena vivendo o furacão Luma de Oliveira, merece destaque. Pena que a personagem (real) em questão receba tão pouco espaço na trama. A jovem dupla de diretores/roteiristas: Andradina Azevedo e Dida Andrade (Velha Roupa Colorida, 2022), revela bastante inexperiência, sobretudo no que se refere a desenvolvimento de roteiro, pelas razões já mencionadas.

Quanto ao Sr. Eike Batista da vida real, me parece que ele cometeu o mesmo erro fundamental que caracteriza todo e qualquer capitalista à brasileira, do tipo que ama falar em livre mercado, mas, na hora em que o calo aperta, espera que o Estado brasileiro o socorra: Capitalismo de verdade, implica em correr riscos. Portanto, não quer correr riscos? Então, não seja capitalista. Simples assim. Eike - Tudo ou Nada, em resumo, é um filme necessário para compreendermos um pouco melhor a história recente de nosso país, nos tempos da descoberta do tão festejado Pré-Sal petrolífero, que ia "nos conduzir ao Primeiro Mundo". Pena que derrape tanto na construção narrativa dessa história real.





VERSÕES DE ROTEIRO

Todos os vencedores no Concurso de Roteiros irão receber uma versão em INGLÊS e outra em ESPANHOL. Dessa forma poderão participar dos mais importantes eventos do gênero no mundo.

Os trabalhos serão realizados por importantes profissionais do mercado: André Duarte e Angelo Dourado.​

Os selecionados e não premiados terão direito a versões com 50% de desconto.

ANDRÉ DUARTE

Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras de Lisboa, trabalha como tradutor há quase 20 anos, especializado em roteiros e outros textos para cinema durante mais de metade desse tempo. Realiza traduções de - e para - Português, Inglês, Espanhol e Francês para muitas dezenas de clientes satisfeitos em Portugal, no Brasil, e um pouco por todo o mundo. Com a primeira produção de um roteiro próprio neste mesmo ano de 2024, ganhou também uma paixão pela vertente de produtor e já tem vários outros projetos encaminhados.

WhatsApp Image 2024-07-12 at 18.28.36.jpeg
WhatsApp Image 2024-07-17 at 01.52.50.jpeg

ANGELO DOURADO

Angelo Dourado é escritor, roteirista e dramaturgo. Nascido em Santos/SPs, é formado em História pela USP e trabalhou durante muito tempo como professor de cursinho pré-vestibular. Estudou cinema e teatro por conta própria, dedicando-se a transformar qualquer assunto numa boa história. Atua no setor de entretenimento desde 2002 como autor de textos teatrais e peças publicitárias, além de ter roteiros selecionados por grandes produtoras em rodadas de negócios. Ministra o curso Estudando Nemo para roteiristas iniciantes e presta serviços de consultoria para quem busca profissionalizar-se na área. Desenvolve o site A Cena Escrita com artigos sobre roteiros  de cinema. Publicou de forma independente o livro O Pescador de Varagrande, com personagens fixos em histórias sensíveis e bem-humoradas, que têm como pano de fundo a cultura caiçara do litoral brasileiro.

bottom of page