top of page

GLADIADOR 2 (Gladiator II)


TENTANDO REPETIR O IMPOSSÍVEL 


por Ricardo Corsetti


"O sonho do escravo não é a liberdade, mas sim, ter ele próprio também, seu escravo". Frase extraída de Gladiador 2, de Ridley Scott (Gladiador, 2000), um filme, dentro do esperado (que era absolutamente nada), até que satisfatório. Obs: confesso que ao ver o logo da Scott Free (a produtora dos irmãos Scott) na tela, eu quase chorei por lembrar do grande e saudoso Tony Scott (Fome de Viver, 1983).


Uma coisa é fato, Ridley Scott continua sendo imbatível no quesito direção de cenas de batalha. Porém, o uso excessivo de CGI (computação gráfica), torna algumas sequências do filme bastante artificiais. E, neste caso, é mesmo triste ver que até um velho adepto dos efeitos práticos acabou optando peia solução fácil e, muitas vezes, ineficiente.


Outro problema claramente visível é a inadequação de Paul Mescal (Todos Nós Desconhecidos, 2023) ao papel de protagonista, pois, sinceramente, embora seja bom ator, o fato é que ele não possui nem mesmo um terço do carisma de Russell Crowe (Gladiador, 2000) dar conta de um papel que tanto necessita da empatia do público em relação ao personagem.


Denzel Washington (Malcolm X, 1992), pra variar, rouba a cena vivendo uma espécie de vilão na trama. 

Outro ponto fraco de Gladiador 2 é a atuação pouco inspirada de Pedro Pascal (Estranha Forma de Vida, 2023) vivendo uma espécie de general das tropas romanas. Ele que, até então, vinha sendo tratado como "o cara" da nova geração de atores de Hollywood , aqui, realmente não mostra a que veio.

Enfim, 24 anos após a realização de Gladiador, seu sucessor - um autêntico filmaço -, embora possua lá seus méritos técnicos, simplesmente não chega aos pés do filme original. Mas, é um bom filme de entretenimento.








Commentaires


bottom of page