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SAPATINHO VERMELHO E OS SETE ANÕES (RED SHOES AND THE SEVEN DWARFS)




ANIMAÇÃO À ASIÁTICA

por Ricardo Corsetti

É fato Incontestável que a Coréia do Sul, já há mais de uma década, se tornou um dos grandes pólos de produção e também renovação da linguagem cinematográfica internacional. Filmes como Oldboy (Chan-wook Park, 2004) e o recente ganhador do Oscar 2019, Parasita, de Bong Joon-ho, mostraram ao mundo do que a cinematografia sul-coreana contemporânea é capaz.



Mas isso dizia respeito ao segmento do cinema de pretensões mais autorais, por isso é tão significativo constatar por meio da animação Sapatinho Vermelho e os Sete Anões que o novo cinema sul-coreano possui também claras condições de adentrar com força no ultra disputado mercado dos filmes de animação, que movimenta bilhões de dólares anualmente e sempre foi monopólio quase exclusivo dos grandes estúdios norte-americanos.


Sapatinho Vermelho e os Sete Anões, dirigido por Sung-ho Hong (O Advogado, 2013) pode até não oferecer grandes novidades em relação às temáticas normalmente encontradas nos filmes de animação norte-americanos, mas faz uma interessante combinação de elementos de Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve e os Sete Anões. Ou seja, talvez as duas fábulas infantis mais famosas da história da humanidade.



Tecnicamente, "Sapatinho Vermelho" não deixa nada a desejar em relação às riquíssimas produções de estúdios tradicionais como a Disney e a Pixar, por exemplo. Mas tem como seu principal diferencial a forma como trabalha os conceitos de honra, fidelidade aos princípios aprendidos ainda na infância dos indivíduos e sobre como isso determinará as ações futuras, até mesmo daqueles que se desviam momentaneamente de tais princípios.


Em suma, uma bela metáfora (ou fábula) acerca do valor da amizade e do efeito causado pelas escolhas que fazemos ao longo da vida.




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