TRAZENDO O SLASHER/GORE AO UNIVERSO MAINSTREAM NOVAMENTE
por Ricardo Corsetti
Embora não acrescente nada de verdadeiramente novo ao universo dos filmes slasher/gore (clássicos subgêneros do cinema de Horror), Terrifier 2 possui o indubitável mérito de, assim como ocorreu com o já clássico Jogos Mortais (James Wan, 2004) no início do século XXI, trazer o divertidamente sanguinário universo dos subgêneros mencionados ao cinema mainstream (destinado ao grande público).
Damien Leone (Terrifier, 2016) demonstra talento como diretor, mas não tanto como roteirista, visto que um filme deste segmento jamais precisaria ter 2 horas e 18 minutos, com cena pós-crédito ainda por cima! Sem dúvida, era possível ter "enxugado" bastante coisa na montagem.
Mas Terrifier 2 possui qualidades que compensam esta derrapada em termos narrativos, tais como: um personagem (vilão) muito interessante e a deliciosa trilha sonora claramente de inspiração oitentista, com aquela sonoridade produzida por sintetizadores, típica daquele período.
Destaque também para a bela e talentosa protagonista vivida por Lauren LaVera (Clinton Road, 2019), uma "final girl" de primeiríssima. Obs: acho absurdas, inclusive, algumas críticas excessivas à sua atuação, afinal, quem, em sã consciência, espera ver uma Meryl Streep (O Diabo Veste Prada, 2005) como protagonista de um slasher/gore?
Detalhe: e que fique claro que eu, particularmente, amo estes subgêneros, e por isso mesmo conheço suas características e convenções bem o suficiente para poder afirmar que LaVera é a protagonista perfeita para este filme.
Para quem já assistiu a alguns dos maiores clássicos do universo slasher/gore, tais como: Terror nas Trevas (Lucio Fulci, 1981), Banho de Sangue (Mario Bava, 1972) e Beyond the Darkness (Joe D'Amato, 1979), por exemplo, Terrifier 2 realmente não traz nada de novo mas, em função de seu caráter de "resgate" e homenagem aos subgêneros mencionados, merece uma boa conferida.
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