MAIS DO MESMO EM EMBALAGEM FOFA E RECICLADA
por Ricardo Corsetti
E só comprovando que a tendência às intermináveis franquias, chegou mesmo para ficar na Hollywood contemporânea, uma das mais populares (e lucrativas) entre tais franquias (Transformers) chega ao sétimo filme!
E como já era de se esperar, não há grandes novidades em relação à fórmula já consagrada no que se refere à famigerada franquia; salvo o fato de que há aqui, uma evidente tentativa de adequação aos novos tempos, visto que, ao contrário do que ocorria nos filmes anteriores, não temos aqui o estereótipo clássico do cidadão norte-americano padrão, como protagonistas, mas sim, um simpático filho de imigrantes latinos, vivido pelo carismático Anthony Ramos (Em Um Bairro de Nova Iorque, 2021) e também uma empoderada mulher afro-americana, vivida por Dominique Fishback (Judas e o Messias Negro, 2021).
No mais, não se vê nada além de uma trama genérica e calcada no melodrama, combinada a muitas e muitas cenas de ação vertiginosa, é claro.
O jovem diretor Steven Caple Jr (Rapture, 2020) se mostra habilidoso em termos propriamente técnicos, mas nem tanto, em termos narrativos ou de desenvolvimento de trama. O que resulta, obviamente, num filme extremamente previsível e praticamente sem qualquer surpresa.
Outra coisa que incomoda bastante é a clara intenção de se tentar agradar ao público ao todo custo, mesmo que isso gere absurdos do tipo: absolutamente ninguém morre de fato ao longo da trama. Ou melhor, alguns supostamente perecem em determinadas situações para que, logo em seguida, se encontrem as explicações mais estapafúrdias do mundo para se justificar como o personagem não pereceu de fato, embora fosse inevitável escapar são e salvo em tais situações.
Em resumo, ousadia quase zero e opção ineficiente no sentido de se tentar agradar ao espectador a todo custo caracterizam Transformers - O Despertar das Feras.
É, sinal de cansaço é mesmo pouco para a célebre franquia.
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