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UMA VIDA - A HISTÓRIA DE NICHOLAS WINTON  (One Life)

VIVENDO POR UM IDEAL


por Ricardo Corsetti


Não é segredo para ninguém que eu vivo dizendo não suportar mais filmes sobre a questão do Holocausto, sob o contexto da Segunda Guerra Mundial, etc; por acreditar que se trata de um assunto - embora extremamente relevante - já excessivamente explorado e, portanto, esgotado no que se refere à cinematografia mundial, não apenas norte-americana, vale frisar.


Por isso mesmo, impossível ir ao cinema, ao saber que mais um filme sobre o tema está sendo lançado, sem aquela sensação do tipo: já vi esse filme antes...

Dessa forma, o que realmente passou a contar atualmente, em meu julgamento a respeito de um novo filme com esta temática, obviamente, são as qualidades técnicas do filme, bem como o desempenho do elenco selecionado, por exemplo.


Nesse sentido, Uma Vida - A História de Nicholas Winton, apesar de seu absoluto formalismo em termos narrativos - ao menos do ponto de vista técnico -, se trata de um filme competente, com ótimo trabalho de reconstituição de época e atuações sempre marcantes e, sim, emocionantes.

Embora vendido como um filme estrelado pelo magnífico Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes, 1991), a verdade é que o veterano astro britânico aparece pouco tempo em cena. Mas, claro, cada segundo seu em cena é uma verdadeira aula de atuação.


Felizmente, o escalado para viver o abnegado Nicholas Winton jovem, em sua autêntica cruzada messiânica pela salvação de judeus poloneses (crianças, no caso) prestes a irem para o temido campo de concentração de Auschwitz, Johnny Flynn (Stardust, 2021) dá conta do recado com bastante competência.


Bem menos original e criativo do que Zona de Interesse (Jonathan Glazer, 2023), também lançado no Brasil pela Diamond Filmes, a propósito; "Uma Vida" tem como grande mérito, a força e carisma de seu protagonista, muito bem representado ao longo de quase toda uma vida pelos ótimos atores citados. Vale uma conferida, sem dúvida. 






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