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VELHA ROUPA COLORIDA




TENTANDO DRIBLAR O MAINSTREAM

por Ricardo Corsetti

Claramente (e oficialmente) inspirado na canção homônima do cantor e compositor cearense Belchior (1946-2017), o primeiro longa do jovem diretor paulista Gabriel Alvim - Velha Roupa Colorida - celebra temas como a amizade, os sonhos de juventude e o praticamente inevitável choque de valores caros à juventude ao longo do processo de amadurecimento.

De produção modesta e sem a presença de grandes estrelas televisivas (como costuma ser de praxe no cinema brasileiro contemporâneo), o diretor/roteirista aposta quase que unicamente na singeleza de sua história para cativar o público.

Em determinados momentos acaba caindo no lugar comum de retratar o processo de amadurecimento e necessidade de adaptação, digamos assim, às "regras do jogo" do sistema, como tortuoso e, aliás, como se não se tratasse, a final das contas, de uma escolha pessoal de cada um de nós, se adaptar ou não às tais regras do jogo.


Mas em termos gerais, o filme é leve e embalado por boas canções de novas bandas de pop rock, como o Sara Não Tem Nome e Caio Falcão e o Bando, por exemplo.



Enquanto filme de frescor juvenil e sem maiores pretensões, Velha Roupa Colorida cumpre relativamente bem seu papel no sentido de demonstrar que é possível o surgimento de novos talentos num mercado tão competitivo e, ao mesmo tempo, tão concentrado em pouquíssimas mãos, como é na prática o universo audiovisual brasileiro.




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