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Atualizado: 24 de nov. de 2024


por Beto Besant


EVENTO QUE REÚNE O MELHOR DO CINEMA FRANCÊS DA ATUALIDADE JÁ ESTÁ NOS CINEMAS


A nova edição do Festival Varilux de Cinema Francês já está em cartaz. O tradicionalíssimo evento - que reúne o melhor do cinema contemporâneo francês - fez sua abertura na últimas terça-feira, 5 de novembro, na capital paulista. São vinte filmes dos mais variados gêneros, com destaque para A Favorita do Rei, dirigido e protagonizado por Maiwenn le Besco e tem Johnny Depp no elenco. A super produção foi a escolhida para a exibição na Cerimônia de Abertura do último Festival de Cannes.


Como de costume, o evento trouxe ao Brasil diversos representantes dos filmes, entre atores, diretores e roteiristas. Dentre os filmes, a importante coprodução franco-brasileira Madame Dorocher, protagonizado por Sandra Corveloni e dirigido pelos jovens cineastas Dida Andrade e Andradina Azevedo, que também dirigiram Eike - Tudo ou Nada (2021). Na Cerimônia de Abertura estavam presentes parte do elenco, como Sandra Corveloni, Isabel Fillardis, Fernando Alves Pinto e Jeanne Boudier.


O evento vai até o dia 20 de novembro e acontece em 60 cidades brasileiras. Além dos filmes, oferecerá palestras e masterclasses em São Paulo e Rio de Janeiro. Veja a programação completa em https://variluxcinefrances.com/2024/






UM VERDADEIRO FILME DE TERROR

 

por Antônio de Freitas

 

Abraço de Mãe pode parecer um filme brasileiro, mas não é exatamente isso. Trata-se de uma coprodução entre Brasil e Argentina dirigida pelo argentino Cristian Ponce (A Frequência Kirlian, 2017-2021) e estrelado pela brasileira Marjorie Estiano (Sob Pressão, 2017-2022). Ela interpreta Ana, uma integrante do corpo de bombeiros do Rio de Janeiro que carrega consigo um trauma de infância envolvendo sua mãe e está de volta ao trabalho depois de uma crise que a impediu de realizar sua função em um incêndio. Após passar por uma avaliação, ela vai atender uma denúncia de possibilidade de desabamento de um grande e antigo casarão no momento em que inicia uma dessas fortíssimas e perigosas tempestades de verão em 1996.

Junto com seus colegas de farda, ela entra no casarão imenso e descobre ser ali uma espécie de clínica de repouso para anciãos em péssimas condições. Diante da possibilidade de uma tempestade monstruosa que pode provocar desabamentos e enchentes, resolvem organizar uma evacuação imediata das pessoas sem saber que, dentro daquele casarão, existe uma ameaça muito maior do que a chuva torrencial que está rugindo lá fora. Quando os bombeiros passam pela porta da mansão decadente, entram em um universo que pode ser definido com um misto do Horror Cósmico de H. P. Lovecraft e Suspense Psicológico “Hitchcockiano”. E vai ser quase impossível sair vivo dali.

 

Marjorie Estiano interpreta essa bombeira com uma garra de atriz veterana e, cada vez mais, vai ganhando destaque e se transformando em um dos nomes de peso do cinema brasileiro. Ali ela vai acabar enfrentando seu trauma, uma situação clichê muito usada no cinema “Hollywoodiano” que ganha uma personalidade própria com sua performance poderosa e a condução segura do diretor. Este consegue mostrar que os argentinos tem muito a ensinar aos brasileiros sobre a difícil arte de lidar com certos gêneros que não fazem parte do universo de linguagem realista e naturalista que nossos diretores insistem em usar sempre.

Mesmo em histórias que pedem uma visão mais estilizada e não viciada em copiar e não interpretar o mundo real, o mundo do terror é sombrio e cheio de cantos escuros onde habitam criaturas nascidas do inconsciente dos personagens ou vindas de outro universo. E, no Brasil, o clima pode ser tropical e ensolarado, mas longos e escuros são os corredores da casa grande. E a mansão decadente mostrada aqui é exatamente assim.


Este filme tem seus tropeços, erros da Direção de Arte - com alguns objetos ou instalações que não existiam na época -, reações mal pensadas no roteiro que não se aprofundam muito no terceiro ato, criando situações inverossímeis. Mas, com uma construção de clima extremamente bem feita através de uma Direção de Fotografia de altíssimo nível, locações de visual tétrico, cenografia impactante e atores bem escolhidos, o diretor consegue entregar um filme com personalidade e clima claustrofóbico que funciona muito bem, além de demonstrar que podemos fazer filmes de terror eficientes com todas as características do gênero.






MUITA TÉCNICA E POUCO ROTEIRO


por Ricardo Corsetti


A violência gratuita presente no filme que deu origem a essa nova provável franquia, aqui alcança seu ápice. Pena que tenhamos estética demais e roteiro (desenvolvimento de trama) de menos.



A sangria, que chega, por vezes, a lembrar os filmes Gore italianos, dos anos 80: Terror nas Trevas (Lucio Fulci, 1981), Buio Omega (Joe D'amato, 1979), etc.


O diretor Parker Finn (Sorria, 2022) se mostra habilidoso para conduzir perseguições vertiginosas no trânsito e cenas de tiroteio, envolvendo sangue, mas muito sangue. Pena, no entanto, que o desenvolvimento da trama seja um tanto confuso.


A duração de 2 horas e 12 minutos, a propósito, se mostra desnecessária e, fatalmente, conduz a algumas "barrigas" de roteiro, totalmente desnecessárias.


Tecnicamente bem realizado e com efeitos de maquiagem que, com certeza, agradarão um típico fã de terror (sobretudo dos subgêneros Slasher e Gore), mas a falta de substância - em termos de história propriamente dita - acabam comprometendo bastante o resultado final.




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