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ANIMAÇÃO MADE IN BRAZIL E COM MUITA PERSONALIDADE


por Ricardo Corsetti


Como é bom ver um filme de animação made in Brazil que, embora esteticamente siga o padrão hollywoodiano, esbanja personalidade e senso de humor bem peculiar em sua temática!

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Dirigido e co-roteirizado por Zé Brandão (autor do já lendário Irmão do Jorel, 2020), o filme diverte com inteligência ao narrar a história do simpático elefante Gajah, de anônimo funcionário de uma companhia ferroviária a celebridade instantânea, graças a um ingênuo vídeo de dança por ele protagonizado e postado num aplicativo (bem semelhante ao - hoje popularíssimo - Tik Tok).


Zé Brandão acerta mesmo em cheio ao satirizar o culto às celebridades instantâneas e absolutamente descartáveis, gerado pelo papel hegemônico que as redes sociais hoje exercem em nosso cotidiano.


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Personagens simpáticos e bem brasileiros, tais como o calango Leso e a tamanduá vegana Duda, conduzem essa divertida trama de forma original e com um senso de humor muito próprio.

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Claro que há, por se tratar de um filme primordialmente destinado ao público infanto-juvenil, a necessidade de fazer um julgamento moral quanto à atitude do protagonista Gajah - antes humilde e ingênuo - em relação a sua gradual transformação num poço de vaidade e arrogância após se tornar a "celebridade do momento", graças ao já citado medíocre videozinho de dança.


Já para agradar ao público adulto, não podia faltar a inevitável piada acerca de um "líder supremo que achava que a Terra era plana e assim fez seu povo passar muita vergonha" (risos).


Diversão deliciosamente antenada com os tempos atuais e brasilidade sem afetação e estereótipos (até porque o filme é protagonizado por um elefante africano), é o que Tromba Trem tem a nos oferecer. E que ótimo que seja assim!



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MAIS DO MESMO EM BUSCA DE REVITALIZAÇÃO


por Ricardo Corsetti


Filmes que retratam a cruel perseguição às supostas bruxas, seja de forma séria ou bem-humorada, realmente não são novidade ao longo da história do Cinema.

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A célebre e saudosa produtora britânica Hammer, por exemplo, ao longo de duas décadas (anos 60 e 70), nos brindou com grandes clássicos que se caracterizavam por essa temática.


E em A Última Chamada vemos todo um arsenal de referências do passado, somadas às inovações do subgênero nos anos 90. No entanto, é uma pena que todo esse repertório de boas referências não resulte necessariamente num bom filme.


O jovem diretor Timothy Woodward Jr. (O Xerife Pistoleiro, 2018), se mostra inábil para conduzir a trama que envolve o assassinato de uma suposta bruxa, sem cair numa overdose de clichês mal utilizados.


Sustos fáceis e trama absolutamente previsível, infelizmente, caracterizam A Última Chamada. Por isso mesmo, para qualquer pessoa minimamente familiarizada com o gênero horror, é quase impossível ver qualquer sopro de novidade no filme.


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Válido enquanto tentativa de revalorização do tema "filmes de bruxa", o filme - infelizmente - patina no gelo, sobretudo no que se refere ao desenvolvimento da trama.


Melhor sorte na próxima tentativa, Mr. Timothy Woodward Jr.





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QUANDO CLÁSSICAS REFERÊNCIAS ADULTAS, RESULTAM NUM BOM FILME INFANTIL



por Ricardo Corsetti


O eterna rixa entre cães e gatos, sem dúvida, resultou aqui num ótimo filme, sobretudo destinado ao público infantil, mas que - graças às clássicas referências claramente presentes em sua composição - irá agradar bastante o público acima dos 40 anos.

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De Banzé no Oeste (1974), misto de western com comédia dirigido pelo grande Mel Brooks (que assina aqui a produção executiva, aliás) até a ultra clássica série televisiva setentista Kung Fu - estrelada por David Carradine (Kill Bill volumes 1 e 2 , 2002-2004) -, todo um arsenal de referências que, sem dúvida, irão ativar a memória afetiva dos quarentões e cinquentões de plantão, são vistos ao longo de O Lendário Cão Guerreiro.


De forma leve e bem humorada, por meio da repulsa inicial da grande cidade controlada por gatos onde se desenrola a trama, em relação à figura de um simpático cão que sonha em ser samurai, temas como preconceito e não aceitação ao diferente são aqui discutidos.


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O trio de diretores Rob Miankoff (O Pequeno Stuart Little, 1999), Mark Koetsier (estreante) e Chris Bailey (Olivier e sua Turma, 1988) mostra muito talento em termos técnicos e narrativos.


Diversão garantida para praticamente todo típico de público, A Lenda do Cão Guerreiro realmente merece uma boa conferida.



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Também escreve esquetes de humor para internet (algumas no programa que também produziu chamado Dedo Indicador) e contos ainda não publicados. Atualmente está filmando dois curtas de sua autoria.  

 

Formado pela FACHA/RJ em Jornalismo e Publicidade & Propaganda. Fez aulas particulares com Jorge Duran (roteirista de Pixote e Lucio Flávio - Passageiro da Agonia). Fez a Oficina de Roteiro da Rio Filme e inúmeros cursos de roteiro com profissionais da área.

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